A macroeconomia é um tema amplamente debatido no mundo dos investimentos, mas nem sempre é diretamente relacionada à variação nos preços dos ativos. Para entender como isso afeta sua carteira, é necessário lembrar alguns conceitos básicos.
A forma mais simples de avaliar o valor de um ativo é considerar seus futuros fluxos de pagamento. Trata-se da soma dos pagamentos que serão realizados, como dividendo em empresas ou juros em ativos de renda fixa. Como esses pagamentos ocorrerão no futuro, é necessário aplicar um custo do dinheiro no tempo, a taxa de juros, para descobrir quantos ele vale hoje. Essa relação simplificada permite avaliar como cada indicador macroeconômico afeta o preço estimado de um ativo.
O crescimento da economia, medido por indicadores de alta frequência e agregados no PIB, afeta especialmente a previsão dos fluxos de pagamentos em ativos de renda variável. Geralmente, o crescimento da receita das empresas está positivamente relacionado à situação macroeconômica. Já em ativos de renda fixa, os fluxos são conhecidos e, portanto, os preços estimados não são afetados diretamente por oscilações da atividade.
A taxa de juros afeta todos os ativos. Um aumento da taxa de juros eleva o denominador da relação mencionada anteriormente.