O Novo Objetivo Coletivo Quantificado (NCQG) de financiamento climático é um tema importante que pode ter um impacto direto e prático no futuro do planeta. Seu foco é revisar o compromisso de US$ 100 bilhões anuais que as economias desenvolvidas assumiram para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar a crise climática. Esse valor, que expira em 2025, é apenas uma gota no oceano quando comparado à necessidade real, que varia de US$ 1,1 trilhão a US$ 5,9 trilhões anuais até 2030.
O descomplimento do compromisso existente e a falta de clareza sobre o que é considerado financiamento climático e o que não é gerou desconfiança e divisão entre os países. O processo de formulação do NCQG começou em 2022 e precisa ser concluído na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que será realizada em Baku, Azerbaijão, em novembro. O trabalho envolve uma série de diálogos técnicos entre especialistas e três reuniões do programa de trabalho ad hoc em 2024.
A rodada intermediária de negociações em Bonn, em junho, não trouxe avanços significativos. Em julho, os chefes de delegação tentaram destravar o processo, e agora a expectativa é que haja uma intensificação nas discussões técnicas e políticas. Em setembro, a Conferência das Nações Unidas, o Summit of the Future, a Taskforce Clima do G20 e a terceira reunião do AHWP e TED serão momentos importantes para avançar no processo.