O ritmo de avanço da participação de mulheres em conselhos de administração de companhias abertas no Brasil sem começou a se acelerar nos últimos anos, mas continua longe de ser suficiente para atender às demandas dos investidores. A análise da consultoria Morrow Sodali revela que em 6% das listadas no Novo Mercado, segmento com os mais rigorosos requerimentos de governança, não havia nenhuma mulher no board. Já em 2020, o percentual de empresas sem mulheres nos conselhos de administração era de 29%. No entanto, a participação de mulheres no Novo Mercado passou de 17% em 2021 para 23% em 2023.
Porém, a situação piora quando se analisa o Nível 2, segmento de listagem da B3 que segue regras mais rígidas em relação ao mercado comum, mas menos exigentes que o Novo Mercado. Nesse caso, a participação de mulheres foi de apenas 18% em 2023. O pior cenário é o do Nível 1, segmento de listagem com parâmetros mais básicos de governança corporativa, que registrou uma média de apenas 12% de participação de mulheres nos conselhos.