O dólar fechou em queda de 1,8%, atingindo o valor de R$ 5,9141, na sessão da quarta-feira, 27. Esta é a maior cotação de fechamento da história, pressionado por preocupações com o cenário fiscal no país, com um pacote de cortes de gastos prometido pelo governo federal.

Antes do fechamento, o dólar atingiu o pico de R$ 5,9310, o que é uma alta de 2,09%, às 15h54. Além disso, as taxas dos Depósitos Interfinanceiros também dispararam. Já o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, caiu 1,73%, atingindo 127.668,61 pontos, na mínima do pregão, com os negócios também refletindo alguma cautela em razão do feriado nos Estados Unidos na quinta-feira.

A cotação do dólar superou o recorde anterior, que era do dia 13 de maio de 2020, quando a moeda americana atingiu os R$ 5,9012. A alta do dólar hoje está atrelada à notícia de que o governo deve anunciar ainda hoje uma isenção de Imposto de Renda para quem tem renda mensal de até R$ 5 mil. Em novembro, a divisa acumula elevação de 2,29%.

A proposta é uma promessa de campanha do presidente da República e representaria uma renúncia fiscal relevante, o que frustraria os anseios do mercado, que esperava um pacote de gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará um pronunciamento sobre o assunto.