O dólar tem registrado uma alta significativa em 2024, com uma valorização considerável frente ao real, impulsionado principalmente por incertezas fiscais e econômicas no Brasil. Apesar do início de um ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, que geralmente alivia a pressão sobre o dólar, a fuga de capitais do Brasil tem sido intensa, agravada pela falta de clareza nas contas públicas.
Entre janeiro e setembro, o país viu a saída de mais de US$ 52 bilhões, refletindo a preocupação dos investidores com a capacidade do governo de cumprir suas metas fiscais e controlar o crescente endividamento. Além disso, questões políticas, bem como declarações, aumentaram o risco percebido pelos investidores. As medidas de ajuste fiscal, incluindo congelamentos orçamentários, tentaram conter esses receios, mas o impacto no mercado ainda é incerto.
A alta contínua do dólar pode se estender nos próximos meses caso essas variáveis não sejam controladas. Com o cenário extremamente volátil, é difícil prever o que vai acontecer no futuro.