O dólar à vista subiu fortemente frente ao real nesta última quinta-feira, ampliando os ganhos da véspera e na contramão dos pares emergentes, enquanto investidores repercutem as decisões de política monetária e cenário geopolítico. A alta foi de 1,43% e levou o câmbio a maior cotaçãosince dezembro de 2021, a R$ 5,73.
Analistas dizem que uma combinação de fatores resultou na “tempestade perfeita” que fez o dólar disparar. A valorização do iene, que leva a uma saída de capital de outras moedas emergentes, dados econômicos fracos dos EUA fortalecem o dólar como ativo de refúgio, a decisão do Copom de manter juros estáveis torna o real menos atraente, e o risco do conflito entre Israel e Palestina de alastrar no Oriente Médio.
O dólar comercial subiu 1,43%, a R$ 5,734 na compra e a R$ 5,735 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia no mesmo nível, a 5.755 pontos.
Esta é a maior cotação de fechamento desde 21 de dezembro de 2021, quando a cotação da moeda norte-americana encerrou a R$ 5,7394.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,64%, a R$ 5,6558. Em 2024, o dólar acumula valorização de 18,24%.
O movimento do dólar no Brasil está alinhado com o externo, mas está um pouco mais forte aqui em função de vários fatores.