Os co-fundadores da Vita Coco transformaram um risco financeiro em uma marca global, dominando o mercado americano.

A Vita Coco foi criada por acaso e de muito risco financeiro. Em 2003, Michael Kirban e Ira Liran estavam em um bar em Manhattan quando ouviram de duas brasileiras que o que elas mais sentiam falta do Brasil era da água de coco. Esse comentário ficou na cabeça dos dois amigos. Quando Liran se mudou para o Brasil e percebeu a febre que a bebida causava entre brasileiros, não houve outra opção senão investir nessa empreitada.

Com US$ 75 mil em mãos e vários cartões de crédito estourados, eles fecharam um acordo com um fornecedor no Brasil para levar a água de coco para os EUA. No entanto, os planos não saíram como planejado: o primeiro lote ficou preso na fronteira e eles acabaram vendendo a carga nas Bahamas, de porta em porta.

Enquanto lutavam para conquistar o mercado americano, enfrentaram uma concorrência pesada de outras empresas. Kirban usou uma tática ousada para manter o negócio funcionando: maximizava os limites dos cartões de crédito e transferia os saldos para evitar juros. Com essa manobra arriscada, conseguiram manter o controle da empresa por mais tempo.

O jogo começou a mudar em 2007 com o primeiro aporte de um investidor, e em 2010, Madonna e outros nomes famosos se juntaram ao time.