Enquanto EUA enfrentam crise, mercado imobiliário comercial brasileiro dispara com alta recorde de aluguês e vendas. Diferentemente da situação nos Estados Unidos, onde a crise no mercado imobiliário comercial é agravada pelo não retorno das empresas ao trabalho presencial e pelo aumento na taxa de juros, no Brasil, o mercado sigue aquecido.

Relatório da FipeZAp, referente a abril de 2024, aponta que o aluguel comercial registrou a maior alta mensal desde 2013 (+1,26%). Considerando a variação nos preços de venda, foi a maior desde janeiro de 2018 (+0,55%). São Paulo é o estado que mais valoriza os espaços comerciais, com um valor médio de locação de R$ 51,91/m² e de R$ 10.043/m² para venda.

O aumento no número de novas empresas registradas é um dos principais fatores que contribuem para o aquecimento do mercado imobiliário comercial no Brasil. No primeiro quadrimestre de 2024, foram abertas 1.456.958 empresas, o que representa um aumento de 26,5% em relação ao último quadrimestre de 2023 e um aumento de 9,2% quando comparado com o primeiro quadrimestre de 2023. Este crescimento em número de empresas aumenta a demanda por espaços comerciais, fazendo com que os alugueis e propriedades sejam valoresizadas.

Já no Brasil, o trabalho não é realizado apenas em casa, o que mantém a necessidade de espaços comerciais disponíveis para as empresas. Além disso, o país conta com um total de 21.738.420 empresas ativas, segundo dados do Sebrae, o que garante a constante procura por espaços comerciais e a valorização dos alugueis e propriedades.