Assessorias financeiras que trabalham com o modelo fiduciário no Brasil ainda são uma novidade. Fidúcia é uma palavra vinda do latim que significa confiança. Ela denomina um modelo de investimento no qual existe a cobrança de uma taxa fixa mensal pela consultoria do assessor de investimentos.

Este modelo de negócio é defendido por Márcio Moura, um especialista financeiro com formação em Direito Comercial pela Universidade Federal de São Paulo (USP) e membro do Conselho Administrativo do Fleury. Ele já trabalhou em empresas como PWC, Banco ABC Brasil, Demarest Advogados, Santos Neto Advogados, Banco Inter e Banco Modal.

O modelo fiduciário é amplamente adotado e validado no exterior e visa colocar a assessoria de investimentos como guardiã dos interesses financeiros dos clientes, sem conflito de interesses. Isso porque os assessores não recebem comissões variáveis sobre os produtos recomendados, mas sim um valor fixo pago mensalmente pelo cliente, independentemente do produto financeiro consumido.

Essa prática se diferencia do que se vê habitualmente no mercado brasileiro, onde assessores atuam como vendedores de produtos financeiros, sem qualquer alinhamento em prol do cliente. De acordo com o especialista, o modelo fiduciário oferece uma alternativa mais segura e transparente para os investidores.