Hoje pelo manhã, o presidente do FED deixou claro que as cartas ainda estão na mesa e que os próximos dados serão decisivos para a tomada de decisão de corte de setembro e dezembro. Era prevista a possibilidade de corte no mês de setembro, e agora ganhou mais força, ao mesmo tempo em que os dados mostram a economia enfraquecendo. A inflação nos EUA está acima do centro da meta, em 2,6%, e os dados de emprego e PIB são cada vez mais fracos, preocupando o FED sobre o controle da inflação.
No Brasil, essa situação gera incertezas. O cenário eleitoral que se aproxima, especialmente em setembro, outubro e novembro, trará muita volatilidade para o mercado. Donald Trump está à frente, trazendo maior protecionismo e medo em relação ao orçamento dos EUA. Isso pode trazer juros mais altos e por mais tempo.
No entanto, uma virada na pesquisa eleitoral dos democratas do Biden ou de algum sucessor dele pode trazer um maior alívio fiscal e uma diminuição de juro com maior facilidade. Embora a volatilidade nos EUA seja maior no segundo semestre do que no primeiro, o reflexo no Brasil é positivo, pois o Banco Central já sinalizou uma estabilidade. Os investidores devem aguardar para saber o que virá próximo.