A economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, manifestou uma postura otimista com o desempenho da economia brasileira em 2024, mas também destacou vários fatores que podem mudar essa visão. Um deles é a possibilidade de surgimento de um problema monetário. Segundo Victal, a perspectiva de continuidade de corte de juros é um ponto importante desse otimismo, mas se a instituição começar a questionar a possibilidade de cortes ou começar a pensar em um cenário de subir juros, será necessário uma análise mais atenta para verificar se as expectativas para 2024 são válidas.
A aceleração da inflação, um impulso fiscal maior do que o esperado ou desancoragem nas expectativas de inflação de longo prazo podem ser alguns exemplos de fatores que podem mudar a visão otimista. Além disso, a piora do cenário fiscal doméstico também pode levar a instituição a questionar o seu otimismo.
Lá fora, os grandes pontos de atenção são o cenário de juros americanos e a economia chinesa. A SulAmérica espera que o Federal Reserve inicie o ciclo de cortes de juros a partir do último trimestre de 2024 e leve o juro a 4,5% no fim do ano. Já para a economia chinesa, há um consenso de que a meta de crescimento deve ser ao redor de 4,5%.