Os títulos públicos atrelados ao IPCA voltaram a pagar juros atrativos diante de um horizonte econômico desafiador de longo prazo. Na semana passada, as NTN-Bs passaram a dar retornos de inflação + 6% quando a Bolsa de Valores brasileira chegou abaixo dos 115 mil pontos.
Nesta semana, houve um respiro, mas os títulos mais longos atrelados à inflação estão muito próximos deste patamar de juros reais, depois de algumas semanas pagando abaixo dos 5%. Com as taxas americanas drenando o dólar da economia mundial, o câmbio começa a pressionar a inflação em economias emergentes, como a brasileira, o que aumenta a sensação de aversão ao risco.
O resultado é uma curva de juros longos se abrindo e a renda fixa voltando a patamares de poucos meses atrás. Alguns analistas consideram que esse é um momento positivo para quem esta olhando no longo prazo, pois é difícil ter alguma estratégia que pague 6% acima da inflação acumulada.
Ainda assim, alguns especialistas defendem que esse ajuste embute o risco de uma eventual correção nos preços da dívida pública.