As taxas dos CDBs pós-fixados e prefixados fizeram movimentos opostos nas últimas semanas. Os papéis mais curtos atrelados ao CDI passaram a remunerar menos os investidores, enquanto as taxas de prefixados subiram para 11,65% ao ano em 12 meses.

Esse movimento é explicado por Vinicius Romano, um especialista em renda fixa, que afirma que a expectativa de juros maiores pela frente tem relação com o aumento das taxas. Nesse cenário, os bancos diminuem a porcentagem do CDI para não perderem dinheiro, o que torna os papéis com vencimentos curtos, em seis meses, pagarem até 110% do CDI. Além disso, o mercado espera que o ciclo de alta da Selic termine no primeiro trimestre do ano que vem.

Outro aspecto importante é que os prefixados e atrelados ao IPCA tendem a seguir o fluxo de alta das expectativas de juros. Se a remuneração fixa não crescer, pode ser mais vantajoso investir nos pós-fixados que variam com o CDI.

Já os pós-fixados com vencimentos em seis meses têm uma taxa média que caiu de 100,74% do CDI para 99,63% entre os dias 5 e 19 de setembro. No entanto, os pós-fixados com vencimentos mais longos, a partir de 12 meses, têm uma taxa média que subiu de 100,50% do CDI para 100,60%.