Desde que a Azul divulgou os resultados do quarto trimestre e revisou o guidance para 2024, as ações da empresa recuaram mais de 10% em bolsa, apesar do aumento expectável no lucro líquido e nas perspectivas. O BTG, no entanto, discorda da reação do mercado e acredita que a empresa é uma das suas escolhas mais confiáveis no setor.
Segundo o banco, o mercado permanece muito cético em relação ao desempenho operacional da Azul após a pandemia, o que cria espaço para surpresas positivas nos lucros. Além disso, o BTG enfatiza o robusto posicionamento de produto e a dinâmica favorável do mercado local.
Entre as principais razões de pessimismo entre os investidores, a frustração com as expectativas de uma revisão mais generosa no guidance pode ser a mais injusta, segundo o banco. Embora as perspectivas tenham melhorado, o BTG acredita que a área deva ir ajustando aos poucos a métrica, sem uma correção abrupta nos cálculos.
O banco também avalia que o mercado tem menosprezado o impacto potencial de uma intervenção governamental no setor. Uma possível linha de crédito incentivada pode fazer toda a diferença para as aéreas e até ser vital para concorrentes como a Gol. No caso da Azul, pode representar um corte expressivo nas despesas financeiras.