Antigamente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) igualava a energia produzida pelas centenas de usinas do país ao consumo de eletricidade todo minuto. Isso era alcançado ajustando a energia produzida por hidrelétricas e termelétricas.

Com a entrada de usinas eólicas e solares, o processo de ajuste se tornou mais complexo. Essas usinas não são controláveis, pois sua geração depende da intensidade do vento e sol, que varia rapidamente a cada instante. Parceiros em todo o mundo começaram a usar recursos de armazenamento, como baterias. Elas armazenam a energia renovável quando ela é excessiva e vice-versa: injetam a energia armazenada previamente quando há uma queda na produção renovável.

O Brasil também está usando essa técnica há muitas décadas, mas então, utilizava “baterias de água”, que eram os reservatórios das usinas hidrelétricas. As fontes renováveis não controláveis eram as chuvas, que se transformavam em vazões nos rios. Quando as primeiras usinas eólicas foram instaladas, o ONS começou a usar os reservatórios como uma bateria, diminuindo a geração hidrelétrica quando ventava muito e esvaziando os reservatórios para aumentar a produção hidrelétrica quando o vento diminuía.

Essa estratégia é fundamental para harmonizar a produção de energia e satisfação do consumo. A utilização de baterias ajuda a garantir que a energia produzida seja adequada às necessidades do país, tornando o sistema elétrico mais estável e eficiente.