Projetos brasileiros são selecionados para acelerar iniciativa global de descarbonização da indústria
O Acelerador de Transição Industrial (ITA) é fruto da Conferência do Clima da ONU (COP28) em Dubai e nasceu para impulsionar a descarbonização da indústria e atrair investimentos para tecnologias e inovações verdes. Seu foco é voltado a setores altamente emissores como o alumínio, cimento, produtos químicos e aço e no transporte de aviação e marítimo. Ao todo, estes repondem por cerca de um terço das emissões globais.
Em julho deste ano, o Brasil foi o primeiro país a aderir a iniciativa global, que é financiada pela Bloomberg Philanthropies e pelos Emirados Árabes Unidos. Rumo à COP30 em Belém do Pará, o ITA acaba de selecionar três projetos no Nordeste com potencial na transição para uma economia de baixo carbono: European Energy, projeto Fortescue H2V e o Green Energy Park.
As soluções envolvem hidrogênio, amônia e metanol verde e se unem ao Atlas Agro, primeiro projeto anunciado no programa do ITA no Brasil em outubro deste ano e que se refere a uma planta de produção de fertilizantes de baixo carbono em Minas Gerais. O European Energy é a primeira fábrica em larga escala do Brasil para produzir metanol sintético a partir de hidrogênio verde (e-metanol), no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco.