Esta semana começou com um tom marginalmente negativo para os mercados globais após a agência de rating Moody’s ter revisado a perspectiva dos EUA de estável para negativa. A agência mencionou a queda na qualidade de crédito do país na ausência de políticas fiscais que visam reduzir os gastos ou aumentar as receitas do governo. No relatório, a Moody’s também mencionou o fardo dos juros mais altos no estoque de dívida americana.
O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA ficou estável em relação ao mês anterior, abaixo das estimativas de alta de 0,1% m/m. A medida de núcleo também ficou abaixo das expectativas dos analistas, arrefecendo para 4% na comparação anual. Após a publicação do dado, os juros americanos de 10 anos passaram de 4,61% para 4,46%, e o de 2 anos caíram de 5,02% para 4,84%. O dado também movimentou o mercado de moedas, intensificando a queda do índice DXY e acelerando os ganhos das moedas emergentes.
Em relação aos próximos passos do banco central americano, o CPI divulgado há pouco traz conforto às autoridades para manterem os juros (Fed Funds) inalterados na última reunião do ano. Contudo, o Comitê de Política Monetária deve manter o tom cauteloso na reunião de dezembro sem descartar completamente novas altas nas taxas.