Saída do executivo acontece em um contexto desafiador para as montadoras de carro europeias

Em um cenário de transformação da indústria automobilística, nem todas as montadoras vão conseguir manter a mesma velocidade. Depois de anunciar que teria queda significativa nos lucros, por conta da queda das vendas nos Estados Unidos, a Stellantis, dona da Jeep e da Fiat, surpreendeu novamente o mercado nesta semana, com a renúncia inesperada do CEO, Carlos Tavares.

A saída do CEO não surpreendeu, pois a ação da Stellantis caiu cerca de 7% na NYSE, logo após o anúncio. Segundo o comunicado divulgado à imprensa, o executivo e o conselho de diretores compartilhavam “diferentes visões” para o futuro da fabricante, o que resultou na saída antecipada de Tavares. Ele estava previsto para permanecer no cargo até o início de 2026, após ter assumido a cadeira em 2021, logo depois da fusão Fiat-Chrysler.

Uma nova escolha para o cargo de CEO deve ser anunciada na primeira metade do ano que vem. Quem for escolhido, terá um desafio difícil por enfrentar a Stellantis com quebras significativas nos lucros e um inventário inflado nos Estados Unidos, acompanhado de uma baixa da venda na Europa.

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