O tradicional almoço de confraternização da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ocorreu com um clima de relativa tranquilidade, diferentemente do que se viu no ano passado, quando havia incertezas sobre o futuro econômico. A inflação está sob controle, e o risco fiscal existe, mas não é alarmante. No entanto, um problema que aqueceu a discussão foi a questão do rotativo do cartão de crédito e o parcelado sem juros.

O setor de bancos precisa encontrar uma solução para evitar o tabelamento de juros, imposto pela lei do Desenrola, o que seria um desastre para as instituições financeiras. As instituições têm menos de um mês para apresentar uma proposta ao Conselho Monetário Nacional (CMN). Entretanto, as conversas com executivos sugerem que não há consenso sobre a solução e há uma expectativa de que o Banco Central regule a questão.

No palco, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discutiram o tema. Embora Campos Neto não tenha revelado suas intenções, ele disse que o problema pode ser que as partes estejam focadas no curto prazo e que seu maior medo é que isso possa afetar os setores envolvidos, como bancos, credenciadoras e varejistas.