A Suíça não produce café, mas consegue gerar bilhões de dólares com o produto brasileiro. O país europeu lidera a exportação de produtos derivados de café, sem plantar um único pé de café. Essa disparidade evidencia um modelo econômico em que o trabalho agrícola e a riqueza natural brasileira são utilizados para impulsionar as margens de lucro suíças.
A Suíça compra grãos de café crus de países como o Brasil, processa e vende produtos com alto valor agregado, como cápsulas de café. Essa estratégia não apenas assegura lucros exorbitantes, mas também consolida o país como líder em um mercado que movimenta bilhões anualmente.
O Brasil, maior produtor de café do mundo, exportou cerca de 2,3 milhões de toneladas de grãos não torrados em 2020. Apesar da liderança global brasileira na produção, os grãos crus representam 83% do comércio mundial de café.
Essa disparidade economiza é um exemplo clássico de como um país pode utilizar a riqueza natural de outro para impulsionar suas próprias economias. A Suíça não produz café, mas consegue gerar receitas bilionárias com o produto brasileiro.
Além disso, a Suíça também beneficia-se da cadeia de valor do café, desde a colheita até a comercialização dos produtos finais. Isso permite que o país mantenha sua liderança no mercado de produtos derivados de café, sem precisar de um setor agrícola próprio.