Mesmo com as guerras se intensificando e o clima geopolítico ficando mais sombrio, a economia mundial tem sido uma fonte incontrolável de alegria. Há apenas um ano, todos concordavam que as taxas de juros elevadas desencadeariam em pouco tempo uma recessão. Agora, até os otimistas estão confusos. A economia dos Estados Unidos acelerou no terceiro trimestre, crescendo num ritmo impressionante de 4,9% ao ano.

Em todo o mundo, a inflação está caindo, o desemprego continua em grande parte baixo e os maiores bancos centrais talvez tenham interrompido seu aperto monetário. A China, assolada por uma crise imobiliária, provavelmente se beneficiará de um estímulo discreto. No entanto, infelizmente,essa alegria não deve durar muito. Os alicerces do crescimento atual parecem instáveis. Observe com atenção: não faltam ameaças.

A economia forte tem encorajado apostas de que as taxas de juros, embora não estejam mais subindo depressa, não vão cair muito. Na semana passada, o Banco Central Europeu e o Federal Reserve mantiveram as taxas estáveis. Como consequência, os rendimentos dos investimentos de longo prazo aumentaram consideravelmente.

O governo dos EUA agora precisa pagar 5% para pegar empréstimos por 30 anos, ante apenas 1,2% no ápice da recessão da pandemia. Até mesmo as economias conhecidas por suas taxas de juros baixas têm observado aumentos significativos. Há pouco tempo, os custos para empréstimos na Alemanha eram negativos, agora os rendimentos estão aumentando substancialmente.