A Toyota anunciou um aumento de US$ 8 bilhões, levando a US$ 13 bilhões, o investimento total em uma fábrica de baterias no sul dos Estados Unidos. Essa é a maior compromisso assumido por uma montadora estrangeira desde a aprovação do megapacote verde de Joe Biden, que inclui incentivos bilionários para criar no país uma indústria local de baterias. O plano da Toyota é ter versões elétricas de todos os seus modelos até 2025 e vender 3,5 milhões de carros a bateria por ano a partir de 2030.
A montadora japonesa tenta recuperar o tempo perdido, pois durante muito tempo sua estratégia esteve focada em híbridos e carros movidos a hidrogênio. Diante dos investimentos massivos de suas concorrentes globais na eletrificação, a Toyota mudou de curso este ano e decidiu apostar nos veículos movidos a bateria. A planta, que vai ocupar uma área equivalente a mais de 120 campos de futebol e deve ser inaugurada em 2025, será o “epicentro da produção de baterias de íons de lítio na América do Norte”. Ao todo, serão criados 5 mil empregos diretos.
O anúncio veio um dia após a greve da maior central sindical da indústria automobilística contra as três grandes montadoras americanas, após Ford e Stellantis.