A recente alta do dólar frente ao real levou a um burburinho de que algumas companhias exportadoras poderiam se beneficiar por conta da movimentação do câmbio. No entanto, apesar de possíveis ganhos do lado do faturamento, a alta do dólar também gera custos operacionais maiores, gastos financeiros superiores e hedge (proteção) cambial que pressionam as margens.
A lógica por trás desse pensamento parece simples: as empresas que vendem seus produtos majoritariamente para fora do país ganham mais na troca cambial enquanto mantêm seus custos em reais, o que impulsiona as margens. No entanto, para os especialistas, o saldo de uma variação como a recente é mais negativo do que positivo.
A recente alta do dólar foi mais espectacular, muitas empresas montaram posições para se “proteger” no caso uma virada da economia brasileira, criada por falas de políticos. Rafael Cagnin, economista, explica que o movimento é comum no mercado financeiro brasileiro, mas é negativo pois não é útil para o mundo produtivo que busca previsibilidade, confiança e redução da insegurança.