O valor dos escritórios nos Estados Unidos pode enfrentar uma queda igual ou até pior que a do “crash” do setor imobiliário em 2008. A Fitch Ratings sugere que os preços ainda não encontraram seu patamar mais baixo. Desde o início do atual ciclo, a valorização dos escritórios despencou aproximadamente 35%, marca abaixo do recuo de 47% vivenciado na grande crise financeira.

Contrastando com o cenário atual, após a crise financeira global, o valor dos imóveis se recompôs, alcançando cerca de 80% de seu ápice pré-crise no mesmo intervalo de tempo. No entanto, atualmente, os valores giram em torno do menor nível dos últimos quatro anos. A Fitch projeta que a retomada do mercado pode se estender por um período mais longo que o pós-crise de 2008, afetada pela continuidade do trabalho remoto, dificuldades de refinanciamento e taxas de juros mais elevadas.

De acordo com previsões, entre 20 a 25% dos trabalhadores americanos seguem em regime de home office, o que diminui a demanda por espaços corporativos. Isso sugere uma desvalorização duradoura dos imóveis comerciais, podendo resultar em perdas maiores que as antecipadas.